Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE-AP preencheu mais uma vaga PCD
A vaga de estágio é ocupada por uma acadêmica de Pedagogia com paralisia cerebral

Joyce Fernanda Picanço da Silva, de 26 anos, teve paralisia cerebral ainda na infância, o que afetou funções motoras, fala e visão. A jovem conciliou estudos e as diversas terapias de reabilitação, atualmente é acadêmica de pedagogia e a mais nova estagiária do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP).
A chegada de Joyce é comemorada pela Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE-AP, que atua no incentivo às contratações de Pessoas com Deficiência (PCD), para compor o quadro funcional do Tribunal.
A promoção da igualdade de oportunidades em ambientes profissionais, recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), possibilita um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso.
A acadêmica, Joyce Silva, conta que o capacitismo ainda é um dos motivos para que pessoas como ela não cheguem ao mercado de trabalho.
“As pessoas têm essa mania de achar que a pessoa com deficiência não consegue chegar aos lugares, que não podemos fazer ensino superior, estagiar em órgãos públicos, ou até mesmo sermos servidores. Hoje, eu sou, além de acadêmica de Pedagogia, uma das 3 melhores paratletas da universidade na minha categoria e agora sou estagiaria do TRE Amapá, ou seja, a gente precisa de mais espaços, que são direitos nossos, para mostrarmos para aqueles que duvidam de nossa capacidade todo o nosso potencial”, explica.
Quanto a adaptação ao posto de trabalho, a estagiária se diz satisfeita e adaptada.
“Parece que já pertenço ao TRE há muito tempo, tem sido uma experiência muito boa, tenho muito a agregar, assim como o Tribunal tem muito para me ensinar. Todo mundo me acolheu muito bem, eu vejo aqui uma oportunidade valiosíssima, onde eu vou poder interagir com outras pessoas e vou conseguir agregar com os meus conhecimentos, além disso, sei que muitas pessoas vão poder me ver e se inspirar em mim”, disse.