TRE Amapá debate presença indígena em contexto urbano durante curso de formação
O evento foi realizado no auditório da EJE-AP e reuniu professores da rede pública de ensino, além de servidores da Justiça Eleitoral

O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), por meio da Escola Judiciária Eleitoral do Amapá (EJE-AP) e em parceria com o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação (SEED), promoveu, na última quarta-feira, 14, o curso “Cidadania: Indígenas em Contexto Urbano”.
O evento foi realizado no auditório da EJE-AP e reuniu professores da rede pública de ensino, com foco em diretores, pedagogos e docentes de escolas que atendem estudantes indígenas, além de servidores da Justiça Eleitoral. A programação foi transmitida ao vivo pelo canal do TRE-AP no YouTube, ampliando o acesso às discussões.
A formação foi conduzida pelo consultor da Educação Escolar Indígena da SEED, Edielso Almeida, que é antropólogo e atua no Núcleo de Formação Continuada da Secretaria. O palestrante destacou que o curso teve como objetivo apresentar os serviços da Justiça Eleitoral e discutir formas de implementar a Lei nº 11.645/2008, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura dos Povos Indígenas e da população negra no currículo da educação básica.
“O curso é fundamental porque abordamos práticas pedagógicas com base na Lei nº 11.645/2008, voltadas aos indígenas em contexto urbano. Discutimos a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura indígena em toda a educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio”, disse.
Durante a formação, os participantes também receberam informações acerca do acesso aos serviços eleitorais.
“Trabalhamos o acesso à Justiça Eleitoral e reforçamos a importância da formação continuada dos professores que atuam em escolas urbanas onde há estudantes indígenas. É importante que esses profissionais tenham acesso a esse conhecimento para poder socializá-lo com os alunos e garantir a eles o direito ao aprendizado”, afirmou Edielso Almeida.
O antropólogo explicou ainda sobre a escolha do tema para a formação. Segundo Edielso Almeida, o termo indígena em contexto urbano se refere aos Povos Originários que vivem, especialmente, no município de Macapá, e que abarca as diversas etnias que estão matriculadas em escolas públicas, tanto estaduais quanto municipais, o que pede ações específicas de formação para os educadores que atuam com esse público.
“É essencial que esses professores conheçam a Lei nº 11.645/2008 e consigam incorporá-la à sua prática pedagógica, valorizando os saberes indígenas e promovendo o diálogo entre esses conhecimentos e o currículo escolar”, completou.
Para Edielso Almeida, a iniciativa também visa sensibilizar os servidores da Justiça Eleitoral quanto ao atendimento dos cidadãos pertencentes aos Povos Originários, especialmente os que vivem em áreas urbanas.